Projeto cultural recupera memórias de São Sebastião
“Memórias Oleiras” resgata fotos, arquivos públicos e depoimentos de pioneiros para preservar história da região administrativa. A proposta é construir um museu virtual.
Com o tempo, as recordações de quem ajudou a construir as cidades podem se perder entre as gerações. Para evitar que o passado de São Sebastião seja esquecido surgiu o projeto cultural “Memórias Oleiras”. A proposta dessa iniciativa é reunir fotos, arquivos públicos e depoimentos de pioneiros para construir um acervo que ficará disponível na internet para consulta da população.
A equipe formada por pesquisadores, fotógrafos e cinegrafistas já iniciou o processo de coleta dos materiais e dos relatos. Nesse processo, são priorizados os moradores mais antigos da cidade. Alguns chegaram na região antes mesmo do nascimento de Brasília, em 1960, e trabalharam nas olarias, que forneciam materiais de construção civil para as obras da Capital Federal.
O resgate das memórias é importante para valorizar a história dos moradores mais antigos e também a identidade da cidade, como ressalta um dos idealizadores Paulo Dagomé, 52. “A análise histórica e a preservação do conhecimento e do patrimônio cultural é importante para o exercício da cidadania. É preciso que a comunidade perceba o valor e o significado das experiências e vivências compartilhadas. Cada indivíduo participa, mesmo que de forma indireta, do processo cultural e político da coletividade”.
Guardiões de memórias – Neste sentido, os agentes culturais atuam como verdadeiros guardiões das memórias e “griôs” da região. Nas comunidades africanas, recebem o nome de “griô” os mestres populares, caminhantes, poetas e contadores de histórias responsáveis por preservar e transmitir a tradição do povo a que pertencem.
Em São Sebastião, o poeta e comunicador social Edvair Ribeiro dos Santos, 55, é um dos que representa essa figura e foi quem inspirou o projeto cultural “Memórias Oleiras”. “A nossa cidade foi construída a muitas mãos. Construir e preservar a memória histórica da nossa cidade e as recordações de personagens, na maioria anônimos, e que se diluíram com o adensamento da cidade é o nosso propósito”, reforça Edvair.
Esse projeto tem o apoio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) do
Distrito Federal. É possível acompanhar o processo de produção pelo
Facebook, na página “Memórias Oleiras” (www.facebook.com/Memoriasolei ras).
História da R.A – São Sebastião só passou a ser reconhecida como região administrativa no dia 25 de junho de 1993. O nome da cidade é uma homenagem a um dos primeiros comerciantes locais, conhecido como Tião Areia. Neste ano, a R.A completou 23 anos e já abriga mais de 100 mil habitantes, de acordo com a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Mais da metade, 53,84%, são imigrantes vindos principalmente da Bahia, do Maranhão e de Minas Gerais.
História da R.A – São Sebastião só passou a ser reconhecida como região administrativa no dia 25 de junho de 1993. O nome da cidade é uma homenagem a um dos primeiros comerciantes locais, conhecido como Tião Areia. Neste ano, a R.A completou 23 anos e já abriga mais de 100 mil habitantes, de acordo com a Companhia de Planejamento do DF (Codeplan). Mais da metade, 53,84%, são imigrantes vindos principalmente da Bahia, do Maranhão e de Minas Gerais.