Albergue será escola para mais de cinco mil alunos
Fechado há seis anos, o conjunto de seis prédios construídos para servirem como albergue em São Sebastião se transformará em um complexo educacional. São investidos R$ 1 milhão para requalificação e adaptação da estrutura, que ocupa uma área de 4,6 mil metros quadrados às margens da DF-473, que liga São Sebastião à BR-251, no sentido PAD-DF. Com nova escola, centro de línguas e espaço para funcionamento da coordenação regional de ensino, a comunidade terá acesso a mais vagas.
Este ano, a administração regional limpou o espaço, pavimentou o estacionamento e nivelou o terreno, além de ter construído quebra-molas. Com verba do Programa de Descentralização Administrativa e Financeira (Pdaf), agora são feitas demolições para adequar o que já existe ao projeto da Secretaria de Educação (SEE). Entre os serviços, serão refeitos reparos de alvenaria, hidráulica, elétrica e telhado, além de limpeza e pintura. São 80 postos de empregos gerados.
“Será uma grande conquista para a região”, valoriza o secretário de Educação, Leandro Cruz. A previsão é que no início do próximo ano a Coordenação Regional de Ensino (CRE) de São Sebastião vá para o novo endereço, deixando para trás o prédio alugado. O Centro Interescolar de Línguas (CIL), que funciona provisoriamente em uma escola, também terá sede própria, com ampliação da oferta de 534 vagas no noturno para até 4 mil, com três turnos. Serão 12 salas de aula para que a comunidade aprenda um novo idioma.
Capacidade ampliada
O novo Centro de Ensino Fundamental (CEF) vai receber meninos e meninas do primeiro ao nono ano, com 16 salas de aula e capacidade para mil alunos divididos em dois turnos.
“Hoje temos um excedente de quatro mil estudantes na cidade. Já tomamos todo o espaço possível, mas isso vai aliviar um pouco esse déficit”, esclarece a coordenadora regional de ensino de São Sebastião, Luciana Pontes. Atualmente, há 25 escolas vinculadas à CRE, sendo cinco de ensino fundamental. Esta, a sexta, começa a funcionar no segundo semestre de 2021.
“Podemos dizer que a ampliação de vagas era um dos maiores gargalos da cidade, e esse será diminuído agora”, avalia o administrador de São Sebastião, Alan Valim. “Já o abandono do espaço era uma vergonha do ponto de vista do poder público. Ninguém cuidava, ninguém agia. Já em 2019, quando assumimos a gestão, começamos a pensar em possibilidades. Agora vai ser concretizado, e melhor: para levar mais educação. Para nós, é histórico.”
A notícia foi comemorada pela comunidade local. A comerciante Maria de Fátima Bezerra, 38 anos, espera que o filho, de seis anos, possa estudar perto de casa. “Finalmente vão dar um uso necessário para esse lugar depois de tanto tempo de abandono”, valoriza. “A gente precisa de mais escolas, de mais vagas. Vai ser muito bom”.
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