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Racismo: professor denuncia que foi agredido por policiais da 30º DP


O professor e pesquisador Carlos Alberto Santos de Paulo denuncia que foi vítima violência policial e racismo durante uma abordagem no Distrito Federal. Ele relata que, na última sexta-feira (12), estava parado em um engarrafamento no Lago Sul (DF), quando foi abordado por um carro da polícia descaracterizado com três homens e uma mulher. Eles teriam pedido passagem e uma confusão foi iniciada. Em seguida, na delegacia de São Sebastião (DF), o professor diz ter sido rendido por um golpe e algemado.
Segundo os relatos do professor, o episódio teve início quando ele não teria dado passagem ao carro no qual estavam os policiais. Em seguida, homens desceram do carro armados e o revistaram. 
— Pediram minha habilitação. Perguntei pergunto qual a alegação. Pediram para eu ficar calado.
O professor resolveu ir à 30ª Delegacia de Polícia, em São Sebastião, e foi seguido pelo carro. No estacionamento, ao se negar a entregar documentos a um dos homens, ele foi atacado com uma chave de braço e se desvencilhou do golpe. Dentro da delegacia, ele afirma ter sido imobilizado por um policial armado e, em seguida, algemado.
— Fui algemado  indevidamente e levado para o mesmo lugar  onde são colocados bandidos perigosos.
Ele afirma ter ficado algemado por duas horas em uma sala de contenção, na delegacia. Somente depois disso o delegado o atendeu, mas ele não pode registrar a ocorrência, porque a polícia havia registrado ocorrência sobre ele, o que o teria impedido de fazer o registro. 
Uma denúncia foi feita ao Ministério Público do Distrito Federal pelo professor. Segundo ele, os delegados e agentes podem ser notificados pela corregedoria devido à conduta. 
A Polícia Civil do Distrito Federal deu uma versão um pouco diferente sobre o caso. De acordo com a Divisão de Comunicação da corporação, o homem foi levado à delegacia por “após ser flagrado desobedecendo regras de trânsito e ultrapassando pelo acostamento. Na ocasião, ele foi abordado por policiais civis que constataram que a carteira de habilitação de Paulo estava vencida”. O professor alega que o documento havia vencido no último dia 28 e que ainda tinha prazo de 30 dias para que o novo documento fosse providenciado.
A Polícia Civil informou ainda que Santos de Paulo foi “autuado em flagrante por desobediência e direção perigosa de veículo em via pública”.   

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