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Idosos que perderam casa invadida por um ônibus no bairro Vila Nova pedem ajuda


Depois de 12 dias do acidente que destruiu a casa onde moravam em São Sebastião, Maria Abadia, de 68 anos, e Osmundo, de 75, buscam ajuda para reconstruir o local onde moravam. Filhos, amigos e voluntários se uniram em uma "vaquinha" para arrecadar recursos e mão de obra. A empresa dona do ônibus, até agora não deu nenhuma ajuda, diz o casal.

De acordo com a Polícia Civil, como não houve vítimas no acidente, a ocorrência foi registrada como "acidente de trânsito/auto lesão". Assim, as causas do choque do ônibus com a casa não serão investigadas. Se alguma das partes se sentir prejudicada, a recomendação da polícia é procurar a Justiça.


O casal perdeu a casa quando um ônibus desgovernado invadiu o prédio, no dia 22 de março passado. O que sobrou da construção foi condenado pela Defesa Civil e demolido. De acordo com Maria Abadia da Silva, dona da casa, até as roupas foram destruídas com a queda das paredes e móveis.

Desde o acidente, um mutirão formado por parentes e amigos tenta ajudar o casal. Depois de limpar o terreno eles começaram a fazer a fundação de uma nova casa.

"A gente está aqui pra ajudar a reconstruir a casa dos meus pais. A gente tá trabalhando o tanto que pode pra conseguir subir logo. Tem gente que fica todos os dias, tem quem venha nos finais de semana, o importante é ajudar", disse Lázaro da Silva, um dos filhos do casal e que atualmente abriga os pais em casa.

Entre os ajudantes está a do dono do lava jato onde o ônibus estava no dia do acidente. José Santana é um dos líderes da obra e fechou o lava jato para poder se dedicar à obra. "Eu fechei o lava jato pra ficar aqui e só deixo as obras, quando a última porcelana estiver fixada", contou.



Maria Abadia não vê a hora da casa ficar pronta para poder voltar a morar no lugar onde viveu por 26 anos. "Ter que morar na casa dos outros não é bom né. Eu espero que a casa fique pronta logo, pra gente poder voltar né", disse ela.

O andamento da obra depende de doações, pois nem a família e nem o dono do lava jato, tem renda suficiente para conseguir comprar o material. "Meu filho colocou na internet pedindo ajuda pra gente", disse Maria Abadia.

Ronald Bodart é dono de uma empresa de engenharia. Ele conta que viu a campanha nas redes sociais e decidiu ajudar. "A gente trabalha aqui na região de São Sebastião, já tínhamos feito serviços no vizinho do seu Osmundo e decidimos ajudá-los."



Outras pessoas e empresas também estão ajudando. Maria Abadia disse que ela e o marido ganharam areia, cascalho, tijolos e 45 sacos de cimento, porém ainda não é suficiente para erguer a casa .

A casa
Antes de ser destruída, a casa tinha sete cômodos e era o local de encontro de toda família. A empresa responsável pela engenharia decidiu manter a estrutura antiga, com o mesmo tamanho, mas buscou formas de melhorar o conforto para o casal de aposentados.

"A gente aumentou o quarto do casal e criou uma suíte. Aumentamos também a cozinha e a sala. E tudo foi conversado para alinhar conforme o seu Osmundo e a dona Abadia queriam", contou Bodart.
Entenda o caso

No dia 22 de março passado, um ônibus que estava em um lava jato, em São Sebastião, atingiu a casa do casal de idosos. Segundo um funcionário, ao manobrar o ônibus para lavar uma das laterais, o freio falhou. Como a rua é uma descida, o veículo acabou acertando a casa.

Os idosos estavam lanchando, nos fundos do prédio, quando viram o ônibus "entrando" em direção a eles. A dona da casa, Maria da Abadia da Silva, contou que ela e o marido ficaram a menos de três metros do ponto em que o veículo parou.



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