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Brincadeira violenta em escola fere aluno cego no colégio do Bosque


Um adolescente de 12 anos, que é cego de um olho, acabou ferido depois de uma brincadeira violenta praticada durante o intervalo em uma escola pública do Distrito Federal. O caso ocorreu nesta terça-feira (20), no Centro de Ensino Fundamental do Bosque, em São Sebastião, a 20 quilômetros de Brasília.

Segundo a Polícia Militar, o agressor, de 13 anos, disse que não sabia que o colega é cego. Os dois estavam disputando um jogo conhecido como "futiquebra" onde a regra, segundo os adolescentes, é punir – com socos e chutes – quem deixar a bola escapar.

Em nota, a Secretaria de Educação afirmou que "tem dado toda a assistência necessária" aos adolescentes e às famílias. Segundo a pasta, havia professores no pátio no momento das agressões e, embora o uso de bolas seja proibido no intervalo "justamenta para evitar confrontos", os alunos fizeram bolas de papel para brincar.

"A escola também informou que promove ações lúdicas de conscientização junto aos estudantes e aos pais para a prevenção do bullying e de comportamentos agressivos", diz o comunicado.

A diretora da escola, que preferiu não dar o nome, disse ao G1, por telefone, que os alunos estavam "brincando". Segundo ela, "são coisas normais, porque fazem parte da rotina da escola".

A diretora falou ainda que ficou sabendo do "futiquebra" somente quando houve o problema. "Na semana retrasada, por exemplo, o nome da brincadeira era bate-e-chuta", acrescentou. Segundo ela, quando a direção toma conhecimento desses casos há um procedimento padrão, que é chamar o Batalhão Escolar quando o aluno tem mais de 12 anos.

Regra do "Jogo"
O menino de 13 anos foi levado para a Delegacia da Criança e do Adolescente. Já o que ficou ferido, foi para o Instituto Médico Legal (IML) fazer exames. Ele teria sofrido uma lesão no olho com deficiência, que "chegou a sangrar".

De acordo com o boletim de ocorrência, o agressor contou que os dois estavam jogando quando o estudante cego deixou "a bola passar entre as pernas". Pelas regras do "futiquebra", explicou o aluno, esse tipo de "erro" tem que ser punido e, por isso, ele começou a "sessão de agressões".

Segundo a Delegacia da Criança e do Adolescente, a violência só parou quando a mãe da vítima chegou na escola e chamou a Polícia Militar. Ao G1, a Secretaria de Educação negou essa informação, e disse que a confusão foi interrompida por funcionários.

O estudante que feriu o colega foi autuado por ato infracional análogo à lesão corporal e liberado após assinar um termo circunstanciado.


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