Era uma vez, uma Agrovila...
A cidade de Brasília foi concluída, mas não totalmente, e ainda precisava da mão de obra dos candangos para terminá-la. A mão de obra necessária para a conclusão dessa cidade foi permanecendo no Distrito Federal e com isso foram fazendo surgir às cidades satélites, essas que eram para serem criadas futuramente, para acolher essa população.
A região que hoje constitui a Região Administrativa de São Sebastião teve suas origens também com as desapropriações das Fazendas Papuda, Taboquinha e Cachoeirinha em meados de 1957, mesma época da construção da Capital Federal.
A Velha Papuda era dona de um dos engenhos situado próximo ao Morro da Cruz. Este fato está confirmado por vestígios de construções escravas encontradas na região, como uma cruz de madeira fixada no alto do morro, onde provavelmente os escravos eram castigados. A região hoje tem o mesmo nome e é uma área semi urbana a 2 km do centro da cidade. A crença ainda conta que o local era usado como capela, provado pelo cruzeiro fixado no alto do morro que tem cerca de 140 anos e o caminho era usado para distribuir temperos para as cidades de Luziânia e Planaltina.
O crescimento da região aconteceu quando os primeiros moradores foram instalados, através dos arrendamentos de terra feita pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal visando suprir com materiais ligados a construção civil, praticamente à construção de Brasília. Começaram então com os trabalhos ligados ao comércio de areia, cerâmica e olaria. Os trabalhadores se instalavam nas margens do rio São Bartolomeu, trabalhando com várias dragas e retiravam a areia para as construtoras da Nova Capital do Brasil, a NOVACAP. O trabalho de olarias difundiu-se muito intensamente nesta área, onde foram produzida quase 97% dos tijolos maciços usados na construção de Brasília e com isso a região ficou conhecida como Cidade Argila.
O contrato de arrendamento de terras entre os comerciantes e a Fundação Zoobotânica tinham data de ocupação para uma posse por 30 anos. Com a expiração dos contratos de uso, na área ocupada pelos comerciantes, começou a ser feita à instalação da Proflora, na época um programa de reflorestamento das áreas destruídas. Os contratos dos posseiros não foram renovados, as olarias foram desativadas e os comerciantes e moradores da região ficaram sem seus trabalhos e sem ter para onde ir. Começou-se então o parcelamento irregular do solo como forma de garantir a posse da área e assim a vila foi se consolidando e imediatamente surgindo um núcleo urbano a margem dos córregos Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda.
A cidadde de São Sebastião guarda segredos desde o regime escravista brasileiro e segundo a crença dos moradores mais antigos da cidade, a ocupação desta área vem desde o período colonial quando a região tinha fazendas remanescentes da época dos escravos. A mais conhecida entre os moradores era chamada de sinhá Luzia, conhecida por muitos como a Velha Papuda.
Os aspectos da região, somados ao preço baixo da terra e pela proximidade do centro de Brasília fizeram com que, inicialmente, atraísse uma população de trabalhadores da construção civil e empregados domésticos e nos dias de hoje, uma população totalmente diferenciada. Com o crescimento demográfico que tinha em 1991, somado com o aumento da população o crescimento urbano sem planejamento foi uma séria ameaça a APA do Rio São Bartolomeu. O futuro do abastecimento de água do Distrito Federal já tinha sido comprometido com o cancelamento do projeto de represamento do rio, pois o crescimento da cidade e a expansão dos condomínios impossibilitaram a formação do Lago São Bartolomeu.
A Região Administrativa de São Sebastião está localizada na região sul da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu, á 23 km do Plano Piloto, demarcados 690,74 ha da poligonal região administrativa e 383,71 Km² de malha urbana, definidos pelo decreto n° 16.571 de 26 de junho de 1995. A cidade é privilegiada pela sua localização, marcada pela beleza de elevações de vales com terrenos ondulados cortados pelos córregos Mata Grande e Ribeirão da Papuda. Estes córregos possuem grande volume de água através de muitas nascentes vinda das encostas dos morros e por ter um grande potencial hídrico, a atual área urbana seria nos projetos futuros da CAESB, uma formação de um lago no rio São Bartolomeu para garantia de abastecimento de água ao Distrito Federal.
A Velha Papuda era dona de um dos engenhos situado próximo ao Morro da Cruz. Este fato está confirmado por vestígios de construções escravas encontradas na região, como uma cruz de madeira fixada no alto do morro, onde provavelmente os escravos eram castigados. A região hoje tem o mesmo nome e é uma área semi urbana a 2 km do centro da cidade. A crença ainda conta que o local era usado como capela, provado pelo cruzeiro fixado no alto do morro que tem cerca de 140 anos e o caminho era usado para distribuir temperos para as cidades de Luziânia e Planaltina.
O crescimento da região aconteceu quando os primeiros moradores foram instalados, através dos arrendamentos de terra feita pela Fundação Zoobotânica do Distrito Federal visando suprir com materiais ligados a construção civil, praticamente à construção de Brasília. Começaram então com os trabalhos ligados ao comércio de areia, cerâmica e olaria. Os trabalhadores se instalavam nas margens do rio São Bartolomeu, trabalhando com várias dragas e retiravam a areia para as construtoras da Nova Capital do Brasil, a NOVACAP. O trabalho de olarias difundiu-se muito intensamente nesta área, onde foram produzida quase 97% dos tijolos maciços usados na construção de Brasília e com isso a região ficou conhecida como Cidade Argila.
O contrato de arrendamento de terras entre os comerciantes e a Fundação Zoobotânica tinham data de ocupação para uma posse por 30 anos. Com a expiração dos contratos de uso, na área ocupada pelos comerciantes, começou a ser feita à instalação da Proflora, na época um programa de reflorestamento das áreas destruídas. Os contratos dos posseiros não foram renovados, as olarias foram desativadas e os comerciantes e moradores da região ficaram sem seus trabalhos e sem ter para onde ir. Começou-se então o parcelamento irregular do solo como forma de garantir a posse da área e assim a vila foi se consolidando e imediatamente surgindo um núcleo urbano a margem dos córregos Mata Grande e Ribeirão Santo Antônio da Papuda.
A cidadde de São Sebastião guarda segredos desde o regime escravista brasileiro e segundo a crença dos moradores mais antigos da cidade, a ocupação desta área vem desde o período colonial quando a região tinha fazendas remanescentes da época dos escravos. A mais conhecida entre os moradores era chamada de sinhá Luzia, conhecida por muitos como a Velha Papuda.
Os aspectos da região, somados ao preço baixo da terra e pela proximidade do centro de Brasília fizeram com que, inicialmente, atraísse uma população de trabalhadores da construção civil e empregados domésticos e nos dias de hoje, uma população totalmente diferenciada. Com o crescimento demográfico que tinha em 1991, somado com o aumento da população o crescimento urbano sem planejamento foi uma séria ameaça a APA do Rio São Bartolomeu. O futuro do abastecimento de água do Distrito Federal já tinha sido comprometido com o cancelamento do projeto de represamento do rio, pois o crescimento da cidade e a expansão dos condomínios impossibilitaram a formação do Lago São Bartolomeu.
A Região Administrativa de São Sebastião está localizada na região sul da Área de Proteção Ambiental do Rio São Bartolomeu, á 23 km do Plano Piloto, demarcados 690,74 ha da poligonal região administrativa e 383,71 Km² de malha urbana, definidos pelo decreto n° 16.571 de 26 de junho de 1995. A cidade é privilegiada pela sua localização, marcada pela beleza de elevações de vales com terrenos ondulados cortados pelos córregos Mata Grande e Ribeirão da Papuda. Estes córregos possuem grande volume de água através de muitas nascentes vinda das encostas dos morros e por ter um grande potencial hídrico, a atual área urbana seria nos projetos futuros da CAESB, uma formação de um lago no rio São Bartolomeu para garantia de abastecimento de água ao Distrito Federal.
01) Agrovila São Sebastião em meados de 1992. Esta é hoje a atual Avenida São Sebastião, uma das principais avenidas de ligação aos dois extremos da cidade. De um lado, a única entrada/saída para o Plano Piloto e do outro para a cidade de Unaí, em Minas Gerais.
(Foto: Arquivo Público do Distrito Federal)
02) Agora uma vista geral da cidade, da atual avenida São Sebastião, onde ao fundo do lado esquerdo, o bairro Vila Nova e São José e do lado direito o bairro São Francisco. Mais a baixo temos o bairro Centro e o bairro Residencial Oeste. Acima o bairro Morro Azul de onde foi tirada a foto. (Foto: Blog Morro Azul)
03) Nesta imagem temos o lado oposto da imagem número dois, com a Avenida São Sebastião partindo dos bairros São José e São Francisco e ao fundo o bairro Morro Azul. (Foto: Getúlio Francisco)
04) Aqui a principal entrada da cidade e via de acesso as cidades do Jardim Botânico, Lago Sul e Brasília. (Foto: Getúlio Francisco)
05) Aqui por dentro do bairro Morro Azul. A região deste bairro possui muitas nascentes, pois foi ocupada de forma irregular. Mesmo com as construções das casas, onde se foram preservadas nascentes, estas até hoje minam água. (Foto: Getúlio Francisco)
06) Aqui um exemplo das ruas do bairro Morro Azul. A forma de ocupação irregular, contrasta nas formas peculiares das edificações das casas. (Foto: Getúlio Francisco)
08) Aqui, uma foto da Avenida Central. Essa avenida divide os bairro Vila Nova e São José e, onde localiza as principais lojas de comércio de São Sebastião. A loja está do lado do bairro Vila Nova. (Foto: Getúlio Francisco)
09) Aqui temos uma loja, na Avenida Central, do lado do bairro São José.. (Foto: Getúlio Francisco
10) Aqui a Avenida São Sebastião já no bairro Centro.. (Foto: Getúlio Francisco)
11) Nesta foto de 1992, temos a recém criada RA XIV de São Sebastião. Observem que a Avenida São Sebastião é apenas a DF 463 cortando o nada. Acima temos a ocupação do bairro Morro Azul e abaixo a ocupação do atual bairro Setor Tradicional e Centro.. (Foto: Arquivo Público do Distrito Federal)
12) Agora temos São Sebastião com 5 anos de criação. Já temos os assentamento do bairro Residencial Oeste ao meio. Em primeiro plano o bairro Morro Azul.. (Foto: Administração Regional de São Sebastião)
13) O bairro Setor Tradicional em 1999. (Foto: Administração Regional de São Sebastião)
14) Hoje o bairro Setor Tradicional e Residencial Oeste (QD 101 e 102) já em 2004.. (Foto: Correio Braziliense)
15) Bairro Setor Tradicional e Avenida Comercial em 2009.. (Foto: Getúlio Francisco)
16) São Sebastião em primeiro plano e ao fundo a região do Jardim Botânico.. (Foto: Blog Morro Azul)
Então pessoal, esta é a cidade de São Sebastião. Uma cidade que está crescendo e se desenvolvendo. Ainda faltam muito para melhorar, questão de segurança e transporte publico. A cidade já é alvo de especuladores imobiliários devido a demanda do governo levar projetos habitacionais para estas novas áreas. Uma delas é o bairro Jardins Mangueiral que já está quase todo consolidado. Mas em fim, esperam que tenham gostado das fotos e aguardo vocês nos comentários aqui em baixo.
Texto retirado de minha monografia: Expansão Urbana e Conflito Ambiental: um caso das quadra 11 e 12 do bairro Morro Azul em São Sebastião-DF. Publicada em 2009 pela Faculdade Projeção.
Muito bom !! bateu uma saudade dos velhos tempós!
ResponderExcluirMuito bom!! bateu uma saudade de s.s. em 1992.
ResponderExcluirO que nós moradores do morro azul precisamos fazer é nos unir pra pedir segurança as autoridades já que o posto ipiranga é um exemplo de irresponsabilidade e insegurança no bairro já que todos os dias tem tiroteios,assaltos,som alto a noite toda e ninguém faz nada e nem vai fazer até que uma bala perdida acerte uma criança ou um pai de família pra chamar a atenção da mídia...
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