Moradores de São Sebastião fazem protesto contra transporte público
Os manifestantes bloquearam a entrada da cidade |
Na manhã desta quinta-feira (28/2), cerca de 200 moradores de São Sebastião se reuniram em Morro Azul, entrada da cidade, em manifestação contra a falta de ônibus e o descaso das empresas com os horários. A manifestação começou às 6h, quando o grupo bloqueou a entrada da região administrativa e acabou por volta de 8h45, com a chegada da imprensa. As empresas que atendem a cidade são a Viva Brasília, a Rápido Brasília e a Veneza (do Grupo Amaral) e a São José. Eles prometem um novo protesto para a próxima segunda-feira (4/3), caso a situação não seja regularizada.
Os manifestantes ficaram na frente dos carros e utilizaram pedaços de pau para impedir a passagem dos veículos. Segundo informações da Polícia Militar, o engarrafamento chegou a quatro quilômetros. Os moradores relatam que demoram até três horas para conseguir sair de São Sebastião. "Quando os onibus passam no Morro Azul, estão cheios demais e nunca param. Acordo às 6h da manha e já fiquei até as 9h na parada" conta Elen Ramalho, 19 anos, estudante do Centro Educacional do Lago.
A copeira Rosa Marques, 40 anos, considera a situação um absurdo. "Eu deveria estar no ônibus para o trabalho agora, mas acho que é o meu dever cobrar dessas empresas mais compromisso com o cidadão. Já avisei no serviço que vou me atrasar". A copeira, que trabalha no Setor Comercial Sul, sai habitualmente às 6h20 de casa e, com a precariedade do transporte público, chega por volta de 8h30, meia hora atrasada. A volta pra casa não é diferente. Rosa espera, na parada, cerca de duas horas o ônibus para retornar.
Intervenção
Um decreto publicado no Diário Oficial da última segunda-feira (25/2) institui a intervenção em parte do sistema de transporte público coletivo do Distrito Federal. O governo do DF assumirá o controle, a administração e a operação das empresas Viva Brasília, Rápido Veneza e Rápido Brasília, integrantes do Grupo Amaral - que operam também em São Sebastião.
A operação das linhas ficará a cargo da Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB), sob a supervisão do presidente da empresa pública, Carlos Alberto Koch, com o aproveitamento da frota, estrutura e pessoal das três permissionárias privadas. Cobradores e motoristas serão mantidos, mas o governo terá o controle do fluxo de caixa, da arrecadação e da parte administrativa
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