Autoritarismo e politicagem cancela evento Grito Rock em São Sebastião
A violência não pede licença, autorização ou alvará. Segundo dados da Secretaria de Segurança Publica do DF só nesse primeiro trimestre (incompleto...) o Distrito Federal contabilizou mais de 190 homicídios. A maioria das vítimas são adolescentes e jovens com até 25 anos. De acordo com o levantamento "Perfil dos usuários de crack e/ou similares no Brasil", divulgado pelo Ministério da Justiça, metade dos usuários de crack do país (aproximadamente 50%) é de jovens adultos de 18 a 30 anos.
Ontem, dia 21/03/2014, no Skate Park de São Sebastião/DF era exatamente esse o público que esperava pela apresentação das bandas Ataque Beliz, Calango Rasta, Diga How, Marcius Cabral, Recalcitrantes e Trampa. Uma juventude que, embora exposta a toda essa violência e possibilidade de envolvimento com drogas, estava lá pela cultura e pelo esporte.
Jovens que, na busca de se afastarem da violência, se depararam com outra violência bem conhecida, a do Estado. Estado que não da conta e também participa da criminalidade nas periferias do país, mas que “se faz presente” sempre que a comunidade se organiza para um bem comum. Estado que age com violência física e/ou psicológica a fim de intimidar as pessoas para que não ocupem os espaços públicos da cidade. Um estado que cobra todos os tipos de licenças e permissões com a finalidade de controlar quem não precisa de controle.
Ontem, dia 21/03/2014, no Skate Park de São Sebastião/DF era exatamente esse o público que esperava pela apresentação das bandas Ataque Beliz, Calango Rasta, Diga How, Marcius Cabral, Recalcitrantes e Trampa. Uma juventude que, embora exposta a toda essa violência e possibilidade de envolvimento com drogas, estava lá pela cultura e pelo esporte.
Jovens que, na busca de se afastarem da violência, se depararam com outra violência bem conhecida, a do Estado. Estado que não da conta e também participa da criminalidade nas periferias do país, mas que “se faz presente” sempre que a comunidade se organiza para um bem comum. Estado que age com violência física e/ou psicológica a fim de intimidar as pessoas para que não ocupem os espaços públicos da cidade. Um estado que cobra todos os tipos de licenças e permissões com a finalidade de controlar quem não precisa de controle.
São Sebastião figura entre as sete cidades com mais homicídios no DF, porém a preocupação da polícia é controlar quem se organiza e ocupa mentes e espaços públicos levando cultura, esporte e lazer que deveriam ser levados pelo estado.
É fácil incorrermos ao erro de culpar os organizadores do evento por não terem conseguido as devidas licenças, mas não é bem assim. Pedir autorização para mesma Vara de Infância que permite que crianças órfãs ou em situação de rua sejam largadas em abrigos precários, misturados com jovens e adolescentes “infratores” sem acompanhamento profissional? Pra mesma polícia que reprime trabalhadores quando vão pra rua exigir seus direitos? Não é justo.
Conhecemos os problemas e necessidades de nossas cidades e cancelar evento cultural, gratuito não resolve.
Pelo direito à cidade.
Pelo direito de substituir a violência pela cultura.
A cidade é nossa!
Por: Ataque Beliz