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Rollemberg deixa estudantes de São Sebastião entre a cruz e a espada



A não construção de nova unidade escolar – e a consequente não garantia do direito ao acesso à educação – por parte do GDF fez com que os estudantes de São Sebastião ficassem em uma situação bem complicada.
“A demanda pela escola pública aumentou bastante, principalmente nesta região. A lógica seria a construção de uma nova escola. Mas o governo Rollemberg optou por um caminho que vai na contramão de tudo o que defendemos e do que a comunidade necessita”, disse o coordenador de Políticas Sociais do Sinpro, Gabriel Magno. Ele faz referência às alternativas propostas pela Regional de Ensino de São sebastião em razão do aumento do número de matrículas no CED São Bartolomeu: ou os estudantes do ensino médio da escola iriam para outras unidades no Cruzeiro (a 40 quilômetros de distância) ou o CED passaria por obras com vistas a construir módulos provisórios como forma de aumentar o número de salas de aula. A segunda opção prevaleceu, de forma equivocada.
O dirigente explica que para construir os tais módulos serão destruídos laboratório, sala multiuso e parte da quadra de esporte do CED São Bartolomeu. “O pior de tudo é que não há garantia de que as obras serão entregues no dia 15 de fevereiro, início do ano letivo. Essas obras só serão concluídas no final de fevereiro ou início de março. Essa atitude do Secretaria de Educação mostra o total despreparo do GDF em dialogar com a comunidade escolar, em buscar soluções razoáveis, sem falar do sacrifício que será imposto ao trabalho pedagógico. No próximo dia 15 os estudantes vão chegar e o que vamos fazer? Onde serão dadas as aulas?”, indaga Gabriel.

Ainda no final de 2017 – após dois atos de protesto -, a regional de ensino recebeu o Sinpro em reunião, que chegou a sugerir como alternativa emergencial o aluguel de espaço que pudesse acomodar os estudantes até a construção de nova escola. A ideia, a que traria menos problemas para a comunidade escolar, não vingou.
Mais problema – O Jardim de Infância Lúcio Costa, ligado à Regional de Ensino do Guará, passa por problema semelhante. Houve aumento de matrículas de crianças de quatro a cinco anos na escola e a saída encontrada pela regional de ensino local foi promover obras na escola.
“A grande questão é que a reforma vai começar nesta segunda-feira [5/2] e a previsão para a conclusão dos trabalhos é de 45 dias, ou seja, o ano letivo só vai começar de fato na segunda quinzena de março, quando deveria se iniciar no dia 15 de fevereiro. O prejuízo será imenso para a comunidade escolar, complicando a vida de pais, estudantes e educadores”, avalia a coordenadora de Assuntos e Políticas para Mulheres Educadoras do Sinpro, Vilmara do Carmo.
Ela reforça a desorganização da Secretaria de Educação. “Tão logo fosse detectada essa situação, quando do encerramento das matrículas via 156, em meados de novembro passado, a SEE deveria se mobilizar para fazer as reformas necessárias no Jardim de Infância de forma a termos o início das aulas conforme o calendário aprovado. Isso não aconteceu e o problema recairá, novamente, sobre a comunidade”, destaca a dirigente.

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