Empresário do transporte público tenta dominar inúmeras licitações do setor
Das nove empresas inscritas para a concorrência
que promete modernizar o sistema coletivo, três são ligadas a Wagner Canhedo
Filho. Há evidências de que, além da Viplan, outras duas firmas representam os
negócios do empresário.
Dono
de 850 ônibus, ou um terço da frota do sistema de transporte coletivo do
Distrito Federal, o empresário Wagner Canhedo Filho vai fazer de tudo para
permanecer no negócio que, em 20 anos de concessão pública, somará R$ 16
bilhões. Além de se inscrever na licitação lançada na última sexta-feira com a
Viação Planalto Ltda., a Viplan, Canhedo arrumou duas empresas testas de ferro
para aumentar suas chances de continuar nesse mercado bilionário. Há evidências
de que a Santos & Pradela Negócios e Transportes Ltda. e a Planalto Rio
Preto Transporte Coletivo Ltda. representam os interesses do barão do
transporte no DF.
Nove
empresas apresentaram documentação para participar da concorrência pública
aberta pela Secretaria de Transportes. Dessas, duas são de outros estados (São
Paulo e Minas Gerais) e as outras sete do DF, sendo três ligadas a Canhedo. Em
processo de recuperação judicial, a Viplan não tem as certidões negativas
exigidas como parte do processo de licitação. Até a véspera da entrega dos
envelopes, a empresa corria sério risco de ser desclassificada logo na primeira
etapa. Isso, por enquanto, não ocorrerá porque, na quinta-feira, um dia antes
de a concorrência pública ser lançada, o grupo conseguiu uma liminar na Justiça
autorizando a participação da Viplan mesmo sem as tais certidões negativas.
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