Polícia investiga chacareiros por venda de áreas públicas no Morro da Cruz
Polícia Civil do Distrito Federal investiga a conduta de um grupo de chacareiros, suspeitos de parcelar e vender áreas públicas no Gama e em São Sebastião. Segundo a corporação, essas terras foram cedidas aos titulares pela Terracap (órgão que gerencia o espaço público do DF) para agricultura. De acordo com a apuração, os suspeitos lucraram cerca de R$ 9,2 milhões com o esquema desde 2014.
Nesta quarta-feira (8), servidores da Delegacia Especial de Proteção ao Meio Ambiente e à Ordem Urbanística apreenderam notebooks, celulares, documentos e faixas de anúncio de venda dos lotes. Além disso, um dos chacareiros foi conduzido à unidade policial para prestar esclarecimentos.
Ninguém foi preso. O G1 procurou a Terracap para pedir mais detalhes sobre a concessão dos terrenos aos chacareiros, mas não recebeu retorno até a publicação desta reportagem.
A suspeita da polícia é de que cerca de 30 pessoas participem do esquema, que envolveria seis chácaras na Ponte Alta do Gama e no Morro da Cruz, em São Sebastião. No Gama, as duas chácaras investigadas foram parceladas em 40 lotes de 800 metros quadrados, e cada um era vendido a R$ 70 mil.
Segundo a delegada Marilisa Gomes, as quatro de São Sebastião têm 20 mil metros quadrados, e cada uma foi dividida em 80 lotes. Cada um tem 200 m² e seria vendido por R$ 20 mil. As propriedades ficam na área de proteção ambiental da Bacia do Rio São Bartolomeu.
Não há prazo para o fim do inquérito. Os suspeitos vão ser indiciados por parcelamento irregular do solo para fins urbanos em chácaras e danos ao meio ambiente. Também há suspeita de lavagem de dinheiro. Quem comprou o terreno também pode ser indiciado, informou a delegada.
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