Defesa Civil afirma que rachaduras não foram causadas por asfalto
Após reportagem, Defesa Civil visitou as residências com rachaduras São Sebastião. Técnico diz que infiltração pode ter causado as fissuras. Outras ruas também estão sofrendo com o problema.
Ontem (9), a Redação Móvel mostrou que os moradores da rua 41A em São Sebastião estão preocupados com o aparecimento de rachaduras nas paredes e nos pisos após as obras de pavimentação. Nesta terça-feira (10) a Redação Móvel voltou à cidade para mostrar que o problema também afeta outras ruas.
Na rua 41, os moradores também estão tendo transtornos com as rachaduras. A professora Flávia Martins conta que as paredes de sua casa começaram a apresentar o problema quando o asfalto foi colocado. “A gente fica com medo de acontecer alguma coisa, de a casa cair”, explica.
De acordo com o engenheiro civil Moacir Bührer, as rachaduras podem ter sido causadas por um subdimensionamento de fundação das casas, que foram feitas sem cálculo estrutural. “[As casas] foram feitas por leigos que não tomaram esse cuidado”, explica.
Na casa de dona Maria, a estrutura está completamente abalada pelas rachaduras. “A estrutura está completamente fora das normas da ABNT. O solo não aguenta esse peso, uma parede está completamente solta, se tiver algum esforço, ela cai”, adianta o engenheiro.
Na casa do funcionário público Luiz Carlos Alves, a situação é semelhante e diversas paredes estão rachadas. Ele chegou a procurar a Defesa Civil em fevereiro deste ano, mas nada foi feito. “A casa mostrou uma outra realidade. Me parece que aqui foi feito algum aterro, que está sedimentando. Toda a parte de trás da casa está descendo”, explica o engenheiro Moacir.
Luiz conta que, após a reportagem do DFTV, a Defesa afirmou que ele deveria apresentar um laudo feito por um engenheiro especializado em solos e patologia estrutural. “Eles nunca vieram na minha residência fazer nenhum tipo de avaliação”, destaca Luiz.
De acordo com o engenheiro Moacir Bührer, a velocidade de aumento das fissuras indica a necessidade de uma medida radical nas ruas que sofrem com o problema. “Ou de aumento de fundação ou interdição”, explica.
O coronel Luiz Carlos Ribeiro da Defesa Civil conta que, de acordo com o código de edificações do DF, as residências particulares são de responsabilidade dos donos. “Obviamente se nós percebermos algum perigo iminente, nós iremos interditar porque a preservação da vida está em primeiro lugar”, afirma.
O coronel diz ainda que há indícios de que o asfalto não tem nada a ver com as rachaduras. “Isso é uma visão preliminar. Nós percebemos que, ao fundo das residências, há infiltrações aparentemente de esgoto”, explica, destacando que hoje de tarde a Caesb vai visitar o local com uma força tarefa para verificar as causas da rachadura.
Dois engenheiros da Defesa Civil também visitaram as casas afetadas pelas rachaduras e constataram o risco iminente de queda em um muro, que deve ser derrubado ainda hoje. “Para tomar uma atitude dessas, de interditar as residências, tenho que ter a certeza absoluta de que um perigo iminente e isso eu só vou ter à tarde”, conclui.
Acompanhe a reportagem
Kenzô Machida / Marcos Tavares
Reportagem exibida no DFTV 1ª Edição em 10/08/2010
Ontem (9), a Redação Móvel mostrou que os moradores da rua 41A em São Sebastião estão preocupados com o aparecimento de rachaduras nas paredes e nos pisos após as obras de pavimentação. Nesta terça-feira (10) a Redação Móvel voltou à cidade para mostrar que o problema também afeta outras ruas.
Na rua 41, os moradores também estão tendo transtornos com as rachaduras. A professora Flávia Martins conta que as paredes de sua casa começaram a apresentar o problema quando o asfalto foi colocado. “A gente fica com medo de acontecer alguma coisa, de a casa cair”, explica.
De acordo com o engenheiro civil Moacir Bührer, as rachaduras podem ter sido causadas por um subdimensionamento de fundação das casas, que foram feitas sem cálculo estrutural. “[As casas] foram feitas por leigos que não tomaram esse cuidado”, explica.
Na casa de dona Maria, a estrutura está completamente abalada pelas rachaduras. “A estrutura está completamente fora das normas da ABNT. O solo não aguenta esse peso, uma parede está completamente solta, se tiver algum esforço, ela cai”, adianta o engenheiro.
Na casa do funcionário público Luiz Carlos Alves, a situação é semelhante e diversas paredes estão rachadas. Ele chegou a procurar a Defesa Civil em fevereiro deste ano, mas nada foi feito. “A casa mostrou uma outra realidade. Me parece que aqui foi feito algum aterro, que está sedimentando. Toda a parte de trás da casa está descendo”, explica o engenheiro Moacir.
Luiz conta que, após a reportagem do DFTV, a Defesa afirmou que ele deveria apresentar um laudo feito por um engenheiro especializado em solos e patologia estrutural. “Eles nunca vieram na minha residência fazer nenhum tipo de avaliação”, destaca Luiz.
De acordo com o engenheiro Moacir Bührer, a velocidade de aumento das fissuras indica a necessidade de uma medida radical nas ruas que sofrem com o problema. “Ou de aumento de fundação ou interdição”, explica.
O coronel Luiz Carlos Ribeiro da Defesa Civil conta que, de acordo com o código de edificações do DF, as residências particulares são de responsabilidade dos donos. “Obviamente se nós percebermos algum perigo iminente, nós iremos interditar porque a preservação da vida está em primeiro lugar”, afirma.
O coronel diz ainda que há indícios de que o asfalto não tem nada a ver com as rachaduras. “Isso é uma visão preliminar. Nós percebemos que, ao fundo das residências, há infiltrações aparentemente de esgoto”, explica, destacando que hoje de tarde a Caesb vai visitar o local com uma força tarefa para verificar as causas da rachadura.
Dois engenheiros da Defesa Civil também visitaram as casas afetadas pelas rachaduras e constataram o risco iminente de queda em um muro, que deve ser derrubado ainda hoje. “Para tomar uma atitude dessas, de interditar as residências, tenho que ter a certeza absoluta de que um perigo iminente e isso eu só vou ter à tarde”, conclui.
Acompanhe a reportagem
Kenzô Machida / Marcos Tavares
Reportagem exibida no DFTV 1ª Edição em 10/08/2010
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