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São Sebastião: Vítima das guerras de gangues

Bom não creio que a reportagem abaixo (esse que por sua ver é mais que uma reprise do Profissão Repórter) mostra a verdadeira cidade de São Sebastião. Essa violência existe devido a falta de assistência básica, tais como acesso integral a educação, opções de lazer, ocupação para nossos jovens. É fácil você visitar uma comunidade como essa e falar somente sobre a violência.
Mas nós que vivemos e compartilhamos momentos de tristeza, mas também momentos de alegria que esta comunidade humilde e batalhadora exerce. Esperamos de nossos escolhidos parlamentares que saibam exercer e cobrar o que queremos de bom para nossa cidade.
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Moradores de São Sebastião convivem diariamente com as brigas de gangues. A violência promovida por grupos de jovens destrói famílias e o futuro de muitas pessoas.

Há quase 10 anos, as gangues amedrontam os moradores de São Sebastião. São jovens que disputam o território da cidade. A guerra entre os grupos já deixou muitas vítimas, pois cada crime gera novos crimes. Assaltos, tráfico de drogas e homicídios são comuns na cidade.

De acordo com a Polícia Civil, atualmente sete gangues atuam em diferentes áreas de São Sebastião. São grupos rivais, na maioria das vezes, formado por jovens menores de idade. De janeiro a setembro de 2009, mais de 70 pessoas que participavam de gangues foram presas na cidade.

“Verificamos que essas gangues já estão na segunda geração. Algumas, já chegam à terceira geração”, afirma um delegado.

São Sebastião tem 17 anos e quase 120 mil habitantes. Os moradores apontam a violência, principalmente a guerra entre as gangues, como um dos principais problemas da cidade. Uma moradora conta como perdeu um dos filhos para o crime.

“Ele se juntou com más amizades. Quando vi isso, já é tarde demais, já tinha acontecido. Eles mesmos estão se matando. Eu conheço muitos aqui que estão na cadeira de rodas. Conheço uns que não andam mais, estão paralíticos em cima de uma cama”, conta.

Nessa guerra, a cozinheira Ivânia Késsia Dourado perdeu um irmão. Ela conta que Júlio foi confundido com um traficante de mesmo nome e acabou assassinado. “A gente vive no medo. Até mesmo de sair e acontecer de uma bala perdida pegar numa criança. Eles vivem atirando”, desabafa.

As mães preocupadas com o futuro dos filhos são parte dos 51 mil eleitores de São Sebastião. Elas já estão de olho nas propostas dos candidatos para tentar melhorar a segurança no DF. “Domingo mesmo bateram uns dois lá na porta dizendo que vão dar cesta, que vão ajudar. Eu perguntei se eles iam negociar voto desse jeito, batendo na porta e dizendo que vai dar isso, aquilo. Não tenho nenhuma confiança de votar assim”, conta Késsia.

E completa, indicando o que a comunidade de São Sebastião realmente precisa: “Queremos segurança para a cidade, além de área de lazer, uma quadra decente para as crianças, que hoje quase não saem para brincar com medo”, finaliza.

Acompanhe a reportagem:

Reportagem: Lívia Veiga
Imagens: Rafael Sobrinho
Produção: Stephanie Alves


Reportagem exibida no Bom Dia DF em 19/08/2010.

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