Ode à São Sebastião - Por Francisco Neri
Por Francisco Neri
Lugar antigo, cidade das mais novas!
Cidade Sua, cidade Nossa.
Casa de quem dela se fez morador
E em suas terras o sonho e o amor plantou!
Celeiro da nova capital da pátria.
Mãe acolhedora dos filhos vindos aos montes
Dos diversos quatro cantos deste país.
Terra remanescente de tempos de opressão à vida.
Dos tempos dos irmãos oprimidos e acorrentados
Tempos de liberdade açoitada e usurpada!
Raízes vivas ainda dos irmãos d`África.
Ontem, olarias e cerâmicas, base e substância da jovem cidade
A suprir a demanda do sonho elevado de JK e da nação.
E eis as atividades dos nossos grandes pioneiros:
Sonhos, ideais, aspirações, esperanças e amor depositados,
misturados e entrelaçados num só corpo, numa única massa, numa só alma
De cada tijolo que erguia e dava vida à nova capital !
Tião Areia, Homem das Minas Gerais
De Patos para o Planalto Central, e mais
Homem de sólido sonho e coragem latente!
Mineiro esperançoso e de vasta fé, minha gente!
Ontem, sua nascente Agrovila... (Ah, que vila!)
Paraíso perdido de verdes eucaliptos a despontarem
E preencherem os olhos de vivaz e natural beleza
De estradas de piçarra e barro vermelho
Das grutas límpidas e córregos nascentes
E do cheiro de terra preta molhada...
Uma cidade verde por dentro e por fora!
Com ares de interior a resguardar um pouco
Da cara e da vida do povo brasileiro.
Hoje, a nossa São Sebastião.
Cidade minha, cidade sua e do Tião.
Satélite cosmopolita filha da capital.
Lugar de gente daqui, dali e d´acolá.
Diversa e plural em tudo o que nela vive e há.
Esta é a cidade...
Ontem, exportadora de areia e tijolo
Hoje, celeiro rico exportador de sonhos e cultura
Afrobrasileira para Brasília – Brasil – Mundo!
Glória e vida a ti, Ó cidade de São Sebastião,
Tu que és a cidade que um dia me apresentei
E para sempre me presenteei.