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Semana de Humanização traz experiência da Casa de Parto de São Sebastião-DF


Usuários, trabalhadores e gestores da Regional de São Sebastião e Paranoá, participaram nesta terça-feira (08) da roda de conversa Humanização do Parto e Nascimento na SES-DF: Nosso Compromisso, na Casa de Parto de São Sebastião, Brasília-DF.
Práticas de humanização em saúde, em especial, no atendimento ao parto; violência obstétrica; ambiência em saúde; trabalho colaborativo; cogestão e participação; estiveram entre os principais temas das conversas realizadas pelos participantes.

Para Esther Vilela, coordenadora da Saúde da Mulher do Ministério da Saúde, a experiência da Casa de Parto é um exemplo a ser replicado em outras regiões do DF e do país. “Aqui tem vida, aqui tem produção de vida, tem produção de saúde”, afirmou a coordenadora, ao avaliar a ambiência e o trabalho realizado no local.

O modelo seguido pela Casa de Parto seguem os princípios de humanização da Política Nacional de Humanização do SUS, ao acolher a mãe e o bebê de forma afetuosa, sem práticas violentas e intervenções desnecessárias, respeitando suas escolhas, pois os considera como sujeitos de direitos, para construção de novas relações.


Para trazer dignidade ao trabalho, a forma de se trabalhar na casa é construída a partir de redes, numa perspectiva colaborativa e de cogestão, com profissionais capacitados, comprometidos com a humanização dos serviços. “É assim que desenvolvemos o nosso trabalho, pois não conseguiríamos fazer nada do que fazemos hoje, sozinhos”, afirmou Jussara Silva Vieira, enfermeira e coordenadora da Casa de Parto.
Casa do Parto

A Casa de Parto acolhe, avalia e orienta todas as gestantes, parturientes e puérperas que procuram o Serviço. Entretanto, os casos que não se adequam ao atendimento pelo enfermeiro obstetra são encaminhados para o Hospital Regional do Paranoá – referência mais próxima - ou para uma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Após a roda de conversa, foram realizadas visitas guiadas pelos espaços que compõe a Casa de Parto: dois consultórios, duas salas de parto - sendo uma com banheira -, seis leitos de alojamento conjunto - três leitos em cada uma das duas enfermaria- , uma sala de cuidados com o recém-nascido e reanimação neonatal, um posto de enfermagem e uma varanda para acesso das pacientes internadas.
Por não contar com um centro cirúrgico, a Casa de Parto de São Sebastião estabeleceu um protocolo que contém as regras mínimas que avaliam o baixo risco da gravidez. Os requisitos necessários são: máximo de 42 anos, mínimo de seis consultas de pré-natal, o feto deve estar cefálico – com a cabeça para baixo –, a mulher deve estar em trabalho de parto e as sorologias – exames que detectam doenças – da gestante devem estar negativas. O enfermeiro obstetra Antônio Oliveira ressaltou que não existem limitações. “Qualquer mulher que preencha os requisitos básicos, pode parir na Casa de Parto”, informou.
Humanização pela arte
A roda de conversa ainda contou, durante o momento do lanche, com a apresentação do músico Arun, criador do famoso Violão Cósmico, uma mistura de violão e cavaquinho, numa proposta que vai do MBP à música universal.
A atividade cultural faz parte do projeto Circuito de Ocupação Cultural, que tem o objetivo de levar a arte aos hospitais e ações de saúde, para contribuir com a humanização dos serviços, uma iniciativa da Secretaria de Saúde em parceria com a Secretaria de Cultura do Distrito Federal.A atividade na Casa de Parto faz parte da Semana de Humanização, evento realizado, entre os dias 7 e 11 de maio, por trabalhadores e colaboradores da Política Nacional de Humanização, com o apoio do Ministério da Saúde.
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